Amor e Cuidado

Queridas irmãos, chegamos a terceira e última parte de mensagens que gostaria de compartilhar com vocês feitas pelo irmãos Joe Wilson na conferência de Alvorada:

 

Domingo – 20/11/2022

Noite, encontro da assembleia local reunida na cidade de Eldorado

É uma alegria estar com os irmãos aqui nesta noite.

Na minha mente batalho com duas mensagens sobre o que trazer esta noite, peço a direção do Senhor mas não está claro para mim. É sobre amor e cuidado. Leiamos em Lucas 15. Lucas 15:1-3:

 

1 E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir. 2 E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles. 3 E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:

Vamos mudar a mensagem. Desculpem-me os irmãos, espero que não se importem, o Senhor me direciona para outra mensagem. João 20. Ainda é sobre amor e cuidado.

João 20:1–16:

 

1 E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. 2 Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. 3 Então Pedro saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro. 4 E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. 5 E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou. 6 Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis, 7 E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. 8 Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu. 9 Porque ainda não sabiam a Escritura, que era necessário que ressuscitasse dentre os mortos. 10 Tornaram, pois, os discípulos para casa. 11 E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela, pois, chorando, abaixou-se para o sepulcro. 12 E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13 E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. 14 E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. 15 Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o jardineiro, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. 16 Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni, que quer dizer: Mestre.

Maria chorava no sepulcro do Salvador. Era o terceiro dia, e ela estava desesperada! Três dias sem o Salvador, estava incontornável a dor, ela precisava vê-Lo, estar com Ele! Podia estar morto, mas, mesmo que fosse só ver Seu corpo, ungi-lo, sua atitude mostra: três dias sem o Salvador é tempo demais! Um dia sem o Salvador, ok, pode passar, até dois, talvez, sem estar na presença do Senhor; mas três dias é tempo demais! Quando, no domingo cedinho, Maria lá estava, chorava porque o Senhor tinha sido morto, e chorava ainda mais por não poder vê-Lo, por O terem levado, como pensava. Os anjos, providencialmente colocados no sepulcro, naquele momento não contaram tudo à mulher. Serviram para confrontá-la com uma pergunta que diz mais do que muitas respostas: “Mulher, por que choras???”.

Até por meio de anjos é Deus quem mostra Seu amor, amor por uma pessoa individualissimamente considerada. Por um.

Jesus estava por ali, mas Maria, seus olhos embaçados de lágrimas que lhe escorriam sem dar trégua, não O reconheceu. Pensava que era o jardineiro (hortelão, em algumas traduções). “Dá-me o corpo”, ela pediu, “me mostra onde o puseste, se o sabes, e eu o levarei”. Só me mostra, três dias é tempo demais.

Depois de descarregar as palavras da sua angústia para alguém que ela pensava ser exatamente isso, “só alguém por ali”, Alguém se preocupou com ela a ponto de mudar tudo, tudo, sem precisar de nada mais do que uma palavra dita. Ouvindo a voz lhe chamar, “Maria”, ela se virou para ver melhor aquele mero homem que confundiu com alguém que cuidava do jardim. “Raboni”! Em João 10, lemos que as ovelhas conhecem a voz do Bom Pastor, e elas a ouvem, e elas a seguem. Maria conhecia a voz do Pastor, e por ela foi tocada. A voz do Pastor acalma a ovelha que O conhece, direciona, dá paz e mostra Sua presença de maneira imperturbada. O modo de Deus falar a esse coração foi chamando o seu nome. Para Maria, pelo gozo que demonstrou, isso era mais do que suficiente, para aquele dia e por todo o porvir que lhe aguardava.

Vemos outro personagem em João 20, vamos a esse outro personagem com quem o Senhor trata em amor e cuidado em João 20. É um amor e cuidado pessoal, com o indivíduo, que também devemos ter uns para com os outros.

João 20:19-29:

 

19 Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco. 20 E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor. 21 Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. 22 E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. 23 Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos. 24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25 Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. 26 E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco. 27 Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. 28 E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! 29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.

Os discípulos estavam reunidos. Com medo, a portas trancadas, mas reunidos. Tomé, por alguma razão não explicitada, não estava (versículo 24). Jesus lhes apareceu, e um discípulo estava ausente.

Quando se encontraram com Tomé posteriormente, a situação não passou em branco — como ver Jesus poderia não ser um gozo especial que, de alguma maneira, se manifesta aos outros?

Mas não se tratava de perguntar, de forma acusadora, “Tomé, por que você não estava aqui?”, mas de: “Não importa o que você estava fazendo, mas Nós – Vimos – o – Senhor!” É claro que não se tratava de desleixo ou desamor para com o irmão, mas de reconhecer motivos legítimos, de reconhecer outras atribuições das pessoas, e que acusações e apontar de dedos não farão bem. Devemos estar juntos. A falta de alguém deve motivar um cuidado real, um amor que tenha tato que não se resuma a quem está em uma reunião ou não, nem de acusação.

Lembremos que Tomé era chamado “Dídimo” (versículo 24). Você sabe o que significa dídimo? Significa gêmeo, e a Bíblia não menciona nenhum irmão gêmeo de Tomé. É porque esse gêmeo pode ser você, posso ser eu, eu posso ser o gêmeo desse homem que estava ausente, que estava sem crer, que estava sem esperança na própria Verdade. Portanto, não julguemos nossos irmãos, eu bem posso ser o gêmeo de Tomé, ou você.

Tomé, na reunião seguinte, no dia do Senhor, estava com todos, e o Senhor novamente apareceu. Como o Senhor sabia de tudo?! Pois Tomé dissera aos condiscípulos que queria tocar nas marcas em Sua mão, pôr o dedo no Seu lado ferido, e só assim creria, e foi o que o Senhor ofereceu assim que os encontrou, Tomé entre eles: Toque-Me, aqui nas mãos, ponha o seu dedo aqui, no Meu lado, e veja. Aaaah, Tomé: “Senhor Meu! E Deus meu”! Jesus conhecia o que ia no coração de Tomé, antes mesmo que ele precisasse falar ao Senhor, ou sem que ele precisasse dizer. E sabe o que vai em nosso coração, e trata disso de maneira perfeita. A nossa dúvida, a nossa inquietação, se estamos dispostos, e se estamos juntos, Ele Se apresenta, sim, Se apresenta do jeito certo, com as atitudes certas, no tempo certo. É uma glória para Ele operar maravilhas por nós, ainda que ninguém mais veja, e Ele não perde a oportunidade de ser santificado (tornado especial, grandificado...) em nós. Podemos aproveitar as circunstâncias, anotá-las em nosso coração, mente, ou mesmo num caderninho, para que, quando nos perguntarem, possamos dizer de maneira concreta aquilo que Deus fez por nós, em testemunho simples.

O Senhor tem amor e cuidado por você e por mim. Possamos gozar deste amor e cuidado do Senhor por nós a cada dia.