Raquel

Raquel.

 Ao chegar a Harã, Jacó encontrou alguns pastores e estes lhe disseram, em respostas às suas perguntas, que conheciam Labão e que sua filha mais nova, chamada Raquel, logo viria para dar águas às ovelhas de seu pai. Quando esta chegou, com extraordinária beleza, Jacó se enamorou dela, no mesmo instante, retirou a pedra do poço, deu de beber às ovelhas, cumprimentou Raquel com um beijo e se apresentou como filho de Rebeca, irmã de seu pai (Gn 29:1a12).

Labão recebeu Jacó como seu parente. Depois de um mês de trabalho, os dois entraram em acordo: Jacó serviria a Labão por 7 anos em troca da mão de sua filha Raquel. Movido pela ganância, depois dos anos de trabalho, Labão enganou a Jacó entregando Lia, sua filha mais velha (aproveite e leia sobre o estudo de Lia), Gn 29:13a30.

 O texto menciona que Raquel tinha inveja de sua irmã, pois a sua irmã tinha filhos, enquanto Raquel era estéril.

A julgar pelo relato a respeito de seu caráter, não há muitos motivos de admiração e estima. Seu descontentamento por não ter filhos conseguiram enfurecer até seu marido, que tanto a amava (Gn 30:1,2).

Nisto vemos o desespero de Raquel, que não media as consequências para obter aquilo que tanto desejava. Há o relato das mandrágoras, Gn30:14 a 24 (mandrágoras era um fruto parecido com o tomate, pequeno e amarelo que, conforme os supersticiosos da época, um poderoso afrodisíaco). Observamos Deus demonstrando seu poder, Raquel permaneceu estéril mesmo possuindo as mandrágoras, e Lia, que abriu mão das tais, engravidou depois disso de mais dois filhos e uma filha.

Não há relato do que sucedeu depois disso, mas, vemos que o Senhor lembrou-se dela, ouviu-a e a fez fecunda, e em resposta ao nascimento de seu primeiro filho ‘José’, vemos sua exclamação: “Deus me tirou o vexame” e acrescentou: “dê-me o Senhor ainda outro filho”, demonstrando confiança. No entanto, se buscarmos a Deus somente para soluções de problemas, enfermidades ou qualquer outra situação, logo esqueceremos seus benefícios e agiremos novamente da maneira que predomina nosso caráter.

A Bíblia nos relata que esta era uma família era cheia de artimanhas, Gn 30:37a43 (aqui vemos que Jacó tinha conhecimento da ciência de procriação seletiva, por meio deste processo, não somente produziu animais com as características desejadas, mas também gerou crias mais fortes para si).

Então, Raquel  novamente se desespera e rouba os ídolos de seu pai (para entendermos, a pessoa que detinha posse destes, se tornava o líder da família e, no caso de uma filha casada, assegurava ao marido o direito de possuir os bens do pai dela, os quais eram portáteis, e acreditavam que traziam prosperidade e proteção), uma reação de hostilidade, pelo tratamento ganancioso de Labão para com suas filhas, Gn 31:15,16. O furto e o acobertamento desonesto de Raquel, desencadeou grande conflito entre seu pai e seu marido. Não temos o conhecimento do que sucedeu depois, há um silêncio em relação à vida de Raquel.

 Então o Senhor faz uma nova aliança com esta família através do patriarca Jacó, a quem pede para ir adorar em  Betel. Essa adoração exigia uma preparação espiritual, Deus pede: “Lançai fora os deuses estranhos que há no vosso meio, purificai-vos e mudai as vossas vestes…”, Gn 31:2a4 e então os abençoou. Na volta, enquanto ainda estavam a certa distância de Efrata (antigo nome de Belém), Raquel entrou em trabalho de parto e sentia muitas dificuldades. Enquanto ela sofria com dores do parto, a parteira lhe disse: “Não se preocupe, este também é um filho para você”. Todavia ela morreu no parto. Enquanto morria, deu ao filho o nome Ben-Oni “filho do meu pesar”, mas seu pai o chamou Benjamim “filho da minha mão direita” e ali foi enterrada. Sua morte foi o primeiro registro Bíblico como consequência de um parto.

Amadas, a competição pode ser algo bom quando nos impulsiona a lutar pela excelência. Torna-se destrutiva quando instigada por inveja ou ambição…

Podemos até não termos estátuas em nossas casas aos quais nos curvamos, mas podemos ter ídolos em nosso coração, tudo aquilo que afasta Deus de ser o centro de nossas vidas (vaidade, hábitos, hobby, materialismo…). Lembre-se de que não conseguimos esconder nossos ídolos dEle, mesmo que nos sentemos sobre eles.

Recordemos: o encanto é enganoso, e a beleza pode desaparecer, mas a mulher que teme ao Senhor será louvada (Provérbios 31:30).

Com amor.

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