Testes

Queridas irmãs, gostaria de compartilhar algumas palavras que nosso irmão Joe Wilson fez durante sua estadia em Curitiba, no encontro de jovens, e em Eldorado. Agradeço ainda a vida do irmão Antoine Youssef Kamel, que disponibilizou os resumos para que eu pudesse postar no site e assim todos possam desfrutar um pouco destas palavras maravilhosas. Para não ficar muito extenso, separei elas em 3 partes, abaixo segue a primeira parte:

Mi Ometto.

 

Sábado – 19/11/2022

Tarde, Encontro de Jovens na casa de Lucas e Ana, Almirante Tamandaré

Marcos 4:33–5:1.

33 E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender. 34 E sem parábolas nunca lhes falava; porém, tudo declarava em particular aos seus discípulos. 35 E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado. 36 E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos. 37 E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia. 38 E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos? 39 E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança. 40 E disse-lhes: Por que estais tão temerosos? Como não tendes fé? 41 E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?

5:1 E chegaram ao outro lado do mar, à província dos gadarenos.

Aos jovens, pergunto: qual é a coisa que você menos gosta na escola? Matemática? Física?… As provas? Ah, sim, os exames, as provas! Vocês percebem, nesta passagem? Ou não notaram?

O Senhor disse a eles: “Passaremos para o outro lado” (Marcos 4:35). Em Marcos 5:1, até onde lemos (e por isso lemos até o capítulo 5, versículo 1), sabemos que eles chegaram do outro lado. No meio está o teste, a prova.

Havia um destino ao qual o Senhor lhes deu certeza, pela Sua palavra, que iriam. Eles deveriam saber, porém, duvidaram que poderiam chegar lá. Tiveram medo no meio do caminho, mesmo que o resultado não pudesse ser outro! Estavam com Jesus e com Sua palavra, eles chegaram do outro lado, chegaram com Jesus.

Havia uma tempestade dura se formando, nós lemos nessa passagem. E vemos também que havia outros barquinhos em todo o redor daquele, vários barcos que passavam exatamente pela mesma tempestade. Em qual barco você gostaria de estar? Sim, compreendo-te: no barco de Jesus. Eu também. Só que os discípulos estavam nele e estavam se desesperando, a ponto de perguntar, “Mestre, você não se importa? Vamos morrer!”

Lemos que o barco “já se enchia”! Uau, que perigo! Pergunto-me: por que eles esperaram até que o barco estivesse cheio? A onda vinha, tchá... outra onda, tchááá... Veja comigo as ondas se lançando para cima do barco: um grande temporal de vento, “subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia”. Se fosse eu, uma gotinha de água — plim — que tivesse entrado no barco eu já teria ido acordar o Senhor, “Senhor, Senhor, acorde!”

Por que demoraram? Esperaram até perceberem que não havia nenhuma esperança de outra maneira, quando não podiam mais suportar. Esperaram precisar do Senhor, em vez de em tudo esperarem no Senhor (o que não quer dizer ficar de braços cruzados, mas confiar nEle em vez de em si e buscá-Lo sempre). De todo modo, em quaisquer fraquezas que eles tinham, o fato é, o fato é, que o Senhor estava ali, e estava por eles, para os Seus, que amou até o fim.

Lemos que os discípulos, ao verem a obra Daquele que acalmou mar e céu, “temeram” (versículo 39). No meio de todo aquele temporal catastrófico, que ameaçava afundá-los, com uma palavra do Mestre não restou nem uma ondinha. Quando uma criança lança uma pedra na água, seja para que ela faça repique várias vezes, seja apenas lançada para brincar, a água faz suas ondinhas. Mas o mar (até mesmo o mar), pela palavra do Senhor, se acalmou, sequer o movimento como o provocado por uma criança e uma pedrinha ousaria desafiar o “Cala-te, aquieta-te” do Mestre e Senhor.

Por que é que os discípulos tinham medo agora? A frase que trocaram uns com os outros revela — último versículo do capítulo 4: “Mas quem é este?” Não conheciam o Senhor, não em sua plenitude. Nós, por nossa vez, não podemos dizer que é impossível conhecê-Lo. Com Sua obra completa e com a Palavra escrita completa, Ele não só Se revela plenamente, mas “nos deu da Sua plenitude” (João 1:16). E o versículo de João continua, exibindo que é só por graça, “graça sobre graça” (sobre graça, sobre graça, cumulada com graça; e mérito nenhum para merecer, só graça, favor imerecido; graça). Podemos conhecê-Lo!, mas, para que isso seja verdadeiro, nossa experiência precisa revelar esse conhecimento. Uma fé que não se manifesta no agir é falsa, é destituída de substância, de corpo; é, portanto, morta, e nada faz, nada é na verdade. A verdadeira fé se manifesta, se manifesta em paz, em alegria, em amor... De dentro para fora, da morada em nosso ser até atingir o nosso pensar, e assim o nosso agir, o nosso respirar. E é essa fé que Deus quer provar, a fé que afirmamos possuir, e que devemos possuir, nEle e no fato de Sua habitação conosco, como Sua igreja, e, com muito amor, também individualmente.

No fim do teste, eles chegaram ao outro lado, como o Senhor dissera. Nós também passaremos para o outro lado, não importa qual seja o teste e a prova que sobrevenham a nós, passaremos para o outro lado. O Senhor está conosco. O Senhor está conosco.

 

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